segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Non sequitur

Assisto de longe enquanto diante dos meus olhos passa uma procissão de personagens que parecem vindos de um desenho animado – uma espiral de cores dá lugar a uma flor diante de uma árvore, da qual sai correndo um coelho branco, que foge de algo desconhecido, e corre pela floresta, corre pelas árvores, passa por ursos e outros animais, pula um lago e esbarra numa árvore onde se encontra um macaco. Da árvore cai uma colméia que o macaco não hesita em comer. O próprio Zé Colméia se junta ao conjunto. De repente estamos num quarto, discutindo qualquer coisa que eu não sei; nunca tinha visto aquele quarto antes: era um vão entre duas estantes de alumínio cheias de livros. Asdrúbal diz alguma coisa interessante e nós saímos de lá. De repente é tarde da noite, um povo que nunca vi discute algo sério, e a noite passa rapidamente. “Já amanheceu?”, pergunto. Lá fora o sol subia no céu rapidamente, e jogava uma luz brilhante no céu, em parte azul e em partes ainda negro como a noite. Em algum lugar alguém aperta um interruptor invisível, e todo o lento alvorecer subitamente vira noite profunda, junto com o clique do interruptor. Olho maravilhado pela janela admirando a esquizofrenia da natureza.

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