terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Para quem gosta de música...

... o que vem a seguir pode ser desconcertante.

The Collective Family - "A Collective não é uma gravadora, nem um site de distribuição via internet, nem um selo na internet. Nós preferimos imaginar a Collective como uma família de artistas que se ajudam como podem, e que fazem música porque adoram fazer música. A Collective é um lugar em que os artistas alcançam pessoas que, de outra forma, nunca escutariam sua música. Um lugar mágico em que as árvores são feitas de açúcar e a grama de alcaçuz, onde as nuvens sorriem e acenam e as pessoinhas riem." Não tem descrição melhor que essa. Sob o slogan de «We'd rather have our music heard than sold», a Collective Family é um gigantesco acervo de música de todo tipo; gravadas na garagem, no quarto ou no banheiro, com microfones de computador, gravadores de fita cassete ou mp3 players com opção de gravar. Ukuleles nervosos, percussões improvisadas, instrumentos desconhecidos, tudo para criar um som totalmente diferente de tudo que o mainstream da mídia conhece: música artesanalmente psicodélica, folks demenciais reminescentes de Syd Barrett, a criatividade solta graças à falta de recursos para imitar o Piper at the Gates of Dawn. É o site que a RIAA não quer que você descubra.


«If you had a choice between a thousand dollars and a thousand fans, which one would you choose? I would rather have people listen to my music and love it. If you're making music for the money, well, you should probably become a lawyer or something. Music is an art, not a business. It's possible to make money from it all, of course. But that's second to the sound.»


Por coincidência eu também faço música artesanal, se alguém estiver interessado. Alguns dos projetos de que eu já participei:

Tøsk - O começo de tudo, o fogo que arde e ao mesmo tempo que aquece. Idealizado por Pedro, o Tosco, no verão do ano de 2007, na forma de quatro arquivos de som que revolucionariam nossas vidas. Já na primavera do mesmo ano, o projeto já tinha nome e um membro a mais - eu, que participei de uma sessão de gravação no estúdio Peterhjem onde aproximadamente mais cinco músicas foram feitas. Depois disso, Tøsk começou uma carreira de gravações esporádicas, anarquistas, nonsense, entrevistas, apresentações ao vivo, seguidores tão medonhos quanto os artistas, e tornou-se um ícone mitológico entre quem o conheceu. É impossível permanecer indiferente aos gritos de INHAME, MACAXEIRA e BATATA-DOCE. Recentemente recebemos um novo membro, que contribuiu com algumas das músicas mais marcantes: Stéfano. A produção musical de Tøsk tem diminuido ultimamente, e depois de muitos falsos-fins, pode ser que esteja realmente morrendo. A grande obra-prima de Tøsk, o CD Las Tosquiações, já tem 50 músicas prontas, de um total de 69 planejadas. Essas 19 músicas que faltam um dia serão feitas. Mas ninguém sabe quando.

Matteo Ciacchi & His Talking Penguins - Uma das coisas que Tøsk me ensinou foi a fazer música. Às vezes você não tem nada a fazer e com objetos que estão ao seu redor você consegue fazer uma pequena peça sonora e, se quiser, chamá-la de música. Esses pingüins falantes nasceram como uma forma de passar o tempo, e evitar que Tøsk tivesse muita música feita só por mim. Mesmo assim algumas músicas dos pingüins falantes acabaram no Las Tosquiações. Eu também não sei de onde veio esse nome, só sei que acabei fazendo dois CDs cheios de efeitos sonoros. Audacity é um grande companheiro nessas horas.