sábado, 5 de dezembro de 2009
Progressão geométrica
- ... aí eu flamenguista, meu pai vascaíno, fico só escutando ele falar merda lá...
Uns dez minutos depois, o outro amigo volta lá no quarto pegar alguma outra coisa, e a conversa:
- ... na verdade parece que tem até dinheiro das FARCs envolvido, ele foi lá pra Colômbia com uns pastores...
Outros dez minutos depois, ele volta lá por algum outro motivo, e ouve:
- ... e é essa totalidade, cada molécula, energia e matéria!
Teve medo de entrar outra vez no quarto.
sábado, 8 de agosto de 2009
Ensaio sobre As Portas da Percepção
segunda-feira, 16 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
Sobre a Ditadura & a Inútil Pressão Exercida Pelas Escolas
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Para quem gosta de música...
The Collective Family - "A Collective não é uma gravadora, nem um site de distribuição via internet, nem um selo na internet. Nós preferimos imaginar a Collective como uma família de artistas que se ajudam como podem, e que fazem música porque adoram fazer música. A Collective é um lugar em que os artistas alcançam pessoas que, de outra forma, nunca escutariam sua música. Um lugar mágico em que as árvores são feitas de açúcar e a grama de alcaçuz, onde as nuvens sorriem e acenam e as pessoinhas riem." Não tem descrição melhor que essa. Sob o slogan de «We'd rather have our music heard than sold», a Collective Family é um gigantesco acervo de música de todo tipo; gravadas na garagem, no quarto ou no banheiro, com microfones de computador, gravadores de fita cassete ou mp3 players com opção de gravar. Ukuleles nervosos, percussões improvisadas, instrumentos desconhecidos, tudo para criar um som totalmente diferente de tudo que o mainstream da mídia conhece: música artesanalmente psicodélica, folks demenciais reminescentes de Syd Barrett, a criatividade solta graças à falta de recursos para imitar o Piper at the Gates of Dawn. É o site que a RIAA não quer que você descubra.
«If you had a choice between a thousand dollars and a thousand fans, which one would you choose? I would rather have people listen to my music and love it. If you're making music for the money, well, you should probably become a lawyer or something. Music is an art, not a business. It's possible to make money from it all, of course. But that's second to the sound.»
Por coincidência eu também faço música artesanal, se alguém estiver interessado. Alguns dos projetos de que eu já participei:
Tøsk - O começo de tudo, o fogo que arde e ao mesmo tempo que aquece. Idealizado por Pedro, o Tosco, no verão do ano de 2007, na forma de quatro arquivos de som que revolucionariam nossas vidas. Já na primavera do mesmo ano, o projeto já tinha nome e um membro a mais - eu, que participei de uma sessão de gravação no estúdio Peterhjem onde aproximadamente mais cinco músicas foram feitas. Depois disso, Tøsk começou uma carreira de gravações esporádicas, anarquistas, nonsense, entrevistas, apresentações ao vivo, seguidores tão medonhos quanto os artistas, e tornou-se um ícone mitológico entre quem o conheceu. É impossível permanecer indiferente aos gritos de INHAME, MACAXEIRA e BATATA-DOCE. Recentemente recebemos um novo membro, que contribuiu com algumas das músicas mais marcantes: Stéfano. A produção musical de Tøsk tem diminuido ultimamente, e depois de muitos falsos-fins, pode ser que esteja realmente morrendo. A grande obra-prima de Tøsk, o CD Las Tosquiações, já tem 50 músicas prontas, de um total de 69 planejadas. Essas 19 músicas que faltam um dia serão feitas. Mas ninguém sabe quando.
Matteo Ciacchi & His Talking Penguins - Uma das coisas que Tøsk me ensinou foi a fazer música. Às vezes você não tem nada a fazer e com objetos que estão ao seu redor você consegue fazer uma pequena peça sonora e, se quiser, chamá-la de música. Esses pingüins falantes nasceram como uma forma de passar o tempo, e evitar que Tøsk tivesse muita música feita só por mim. Mesmo assim algumas músicas dos pingüins falantes acabaram no Las Tosquiações. Eu também não sei de onde veio esse nome, só sei que acabei fazendo dois CDs cheios de efeitos sonoros. Audacity é um grande companheiro nessas horas.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
Auto-Estima
"Eu não existo, pelo amor de deus!", e disse em minúscula mesmo.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
O surreal tem limites que a realidade ignora
Jarbas continuou a subir as escadas. Não era mais um dia comum.
Non sequitur
Assisto de longe enquanto diante dos meus olhos passa uma procissão de personagens que parecem vindos de um desenho animado – uma espiral de cores dá lugar a uma flor diante de uma árvore, da qual sai correndo um coelho branco, que foge de algo desconhecido, e corre pela floresta, corre pelas árvores, passa por ursos e outros animais, pula um lago e esbarra numa árvore onde se encontra um macaco. Da árvore cai uma colméia que o macaco não hesita em comer. O próprio Zé Colméia se junta ao conjunto. De repente estamos num quarto, discutindo qualquer coisa que eu não sei; nunca tinha visto aquele quarto antes: era um vão entre duas estantes de alumínio cheias de livros. Asdrúbal diz alguma coisa interessante e nós saímos de lá. De repente é tarde da noite, um povo que nunca vi discute algo sério, e a noite passa rapidamente. “Já amanheceu?”, pergunto. Lá fora o sol subia no céu rapidamente, e jogava uma luz brilhante no céu, em parte azul e em partes ainda negro como a noite. Em algum lugar alguém aperta um interruptor invisível, e todo o lento alvorecer subitamente vira noite profunda, junto com o clique do interruptor. Olho maravilhado pela janela admirando a esquizofrenia da natureza.